O governo de uma diocese envolve um grande número de responsabilidades e funções para que todos os movimentos, pastorais, enfim, o trabalho e a vida da Igreja se concretizem de forma ampla e fecunda.
Na Arquidiocese do Rio, o governo arquidiocesano tem como cabeça o arcebispo metropolitano, Dom Orani João Tempesta.
Os novos bispos auxiliares da arquidiocese, Dom Nelson Francelino Ferreira, Dom Pedro Cunha Cruz e Dom Paulo Cezar Costa, ordenados no último dia 5 de fevereiro, já receberam as atribuições para as novas funções que serão exercidas por eles nesse contexto. Eles vêm somar ao trabalho exercido pelos bispos auxiliares Dom Antonio Augusto Dias Duarte, Dom Edson de Castro Homem e Dom Dimas Lara Barbosa e ao dos eméritos Dom Assis Lopes e Dom Karl Josef Romer.
Segundo o Diretório para o Ministério Pastoral dos Bispos, “o bispo auxiliar, que é concedido para obter mais eficazmente o bem das almas numa diocese demasiado extensa ou com elevado número de habitantes ou por outros motivos de apostolado, é o principal colaborador do bispo diocesano no governo da diocese. Por isso, ele considera o bispo auxiliar como irmão e o faz participar nos seus projetos pastorais, nas decisões e em todas as iniciativas diocesanas, para que, numa permuta recíproca de opiniões, atuem em unidade de intenções e em harmonia de empenho. Por seu lado, o bispo auxiliar, ciente da sua função no seio da diocese, agirá sempre em total obediência ao bispo diocesano, respeitando a sua autoridade”.
O diretório também explica que a função dos vigários episcopais, “sacerdote (ou bispo) que, por delegação do bispo diocesano possui o poder ordinário para a administração pastoral, em nome do bispo, da zona a qual foi designado, além de especiais faculdades que ele decida confiar-lhes. O ofício de vigário episcopal reveste-se de notável importância pastoral, enquanto colaborador íntimo do bispo no serviço pastoral dos fiéis e solícito ‘irmão maior’ dos sacerdotes do vicariato”.
Conheça um pouco melhor as atribuições e quem são os responsáveis por elas no governo da Igreja no Rio, e também como os novos bispos veem o trabalho para o qual foram chamados.
Bispos auxiliares
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Dom Antonio Augusto Dias Duarte
Vigário geral
Animador:
Vicariato Episcopal Sul
Pastoral Familiar
Pastoral da Saúde
Pastoral da Juventude
União dos Juristas Católicos
Associação dos Médicos Católicos
União dos Engenheiros e Arquitetos Católicos
Associação dos Psicólogos Católicos
Associações e Movimentos Leigos
Pastoral da AIDS
Membro do Conselho Universitário da PUC-Rio e Fundação Mantenedora Padre Anchieta
Presidente da Comissão Arquidiocesana de promoção e Defesa da Vida
Professor de Moral Fundamental e Moral da Sexualidade do Seminário Arquidiocesano de São José
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Vigário geral
Animador:
Vicariato Episcopal Jacarepaguá
Diaconato Permanente
Associação Cultural
Faculdades Católicas
Assistência Religiosa ao Menor Privado de Liberdade
Pastoral Carcerária
Membro do Conselho da Fundação Padre Leonel Franca
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Dom Nelson Francelino Ferreira
Vigário geral
Moderador da Cúria
Animador:
Vicariato Oeste
Pastoral Presbiteral
Ministérios (Mesc, Consolação e Esperança, Acolhimento, Visitação e outros)
Ensino Religioso nas Escolas
Escolas Católicas
Pastoral da Educação
Escolas de Fé e Catequese Mater Ecclesiae e Luz e Vida
Ministérios Hierárquicos
Irmandades e Confrarias
Professor do Seminário de São José e Faculdade de São Bento
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Vigário geral
Animador:
Vicariato Leopoldina
Vicariato Urbano
Iniciação Cristã e Catequese
Escola de Fé e Política
Liturgia
Música Sacra
Arte Sacra
Acompanha as Pastorais Sociais
Curso de Doutrina Social da Igreja
Pastoral Vocacional – GVA
Seminário Arquidiocesano
Comissão de Ordem e Ministérios (formadores)
Professor no Seminário Arquidiocesano de São José e na PUC-Rio
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Dom Paulo Cezar Costa
Vigário geral
Animador:
Vicariato Norte
Vicariato Suburbano
Administração, economato, mitra, setor jurídico, procuradoria
Missões
Instituto Superior de Direito Canônico
Pastoral Universitária
Academia Ciência e Fé
Centro Cultural Dom Eugenio de Araujo Sales
Patrimônio Histórico e Cultural da Arquidiocese
Estudantes no Exterior
Seminário/encontro – construtores da sociedade
Membro do Conselho Universitário da PUC-Rio e da Fundação Mantene-
dora Padre Anchieta
Professor no Seminário Arquidiocesano de São José e na PUC-Rio
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Secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
Dom Assis Lopes (Emérito)
Vigário geral
Casa do Padre
Padres idosos ou doentes
Padres que deixaram o ministério
Dom Karl Josef Romer (Emérito)
Retiros e acompanhamentos para a Vida Religiosa
Articulador do Curso para os Bispos
Animador/acompanha o Instituto de Ciências Religiosas
Vigários episcopais
Dom Roberto Lopes
Vigário episcopal para os Institutos de Vida Religiosa, Sociedades de Vida Apostólica, Novas Comunidades
Monsenhor Helio Pacheco Filho
Ecônomo da arquidiocese
Padre Manuel Manangão
Vigário episcopal para a Caridade Social, presidente da Cáritas, Banco da Providência, Ceat
Padre Marcos William Bernardo
Vigário episcopal para a Comunicação Social
Assessoria de Imprensa, Fundação Catedral (Rádio e Jornal), Portal da Arquidiocese
Web TV Redentor, manifestações de massa, articulação com as mídias católicas
Coordenação de Pastoral
Monsenhor Joel Amado
Vigário geral
Coordenador arquidiocesano de Pastoral
Pastorais, movimentos, departamentos, associações
Vigários episcopais territoriais
Vicariato Suburbano – monsenhor Gilson José Macedo da Silveira
Vicariato Norte – monsenhor Gustavo Aule
Vicariato Jacarepaguá – monsenhor Jan Kaleta
Vicariato Urbano – padre José Laudares de Ávila, SSS
Vicariato Leopoldina – monsenhor Luiz Antônio Lopes
Vicariato Oeste – monsenhor Luiz Artur Marques de Barros Falcão
Vicariato Sul – monsenhor Manuel Moreira Vieira
Novos bispos falam sobre as nomeações
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Dom Pedro
- Senti uma grande alegria quando fui indicado como animador desses dos Vicariatos Urbano e Leopoldina, cada um com sua peculiaridade pastoral. Passei quase 15 anos do meu ministério sacerdotal no Vicariato Urbano e conheço também seus diversos contrastes, a ação na pastoral de transeuntes nas igrejas do Centro, além do perfil devocional da região. O Vicariato Leopoldina também é bastante complexo. Há necessidade da presença de um pastor que possa estar realmente animando toda essa comunidade. Destaca-se também o seu perfil devocional, com a presença do Santuário da Penha. Temos ali muitas realidades, como comunidades carentes, muitas capelas.
Nas outras linhas pastorais, gostaria de destacar a Pastoral Vocacional e o Seminário Arquidiocesano de São José, que deve ser considerado, assim, como que a ‘menina dos olhos’ da arquidiocese, porque ali é a casa de formação dos futuros presbíteros. Vamos fazer entrelaçar os diversos aspectos, como o vocacional, o psicológico, o pastoral e acadêmico também. Acentuar, portanto, a necessidade dos nossos seminaristas terem essa sensibilidade pastoral.
Outro que gostaria de destacar é a escola de fé e política, que já existia. Com a ida de Dom Dimas para Brasília, o trabalho quase se extinguiu (...). Ela se propõe a dar uma formação ética-cristã a todos os candidatos à vida política.
Há ainda a iniciação cristã, a catequese. A partir da Conferência de Aparecida há uma acentuada preocupação com a iniciação. Existem também as linhas do trabalho da liturgia e a doutrina social da Igreja – elaborar um laicato que possa responder aos grandes desafios da nossa cidade, da nossa arquidiocese, mostrando também que a religião tem uma resposta, seja ela teórica como também comportamental a uma vida social, para que o cristão faça uma passagem da fé ao campo da vida social e aos grandes desafios sociais.
Convoco todo povo santo de Deus para rezar para que eu seja uma presença do Cristo Pastor no meio desse rebanho, que quer também uma animação, uma resposta.
Sublinho também o aspecto da animação em relação a todos os sacerdotes. Quero estar presente no meio deles também. Eles são na verdade protagonistas de toda essa missão pastoral. Quero estar como um pai e, ao mesmo tempo, um irmão, que possa estimular cada vez mais o ministério de cada um e de todos.
Dom Paulo
- Nessa divisão de tarefas me coube os Vicariatos Norte e Suburbano, que assumo com muita alegria. Eu acolho e assumo esses dois vicariatos como dom de Deus. Quero encontrar cada vigário episcopal, cada padre, cada leigo, cada pessoa, como um dom do amor de Deus. Tem também as outras funções da administração, na animação missionária, no Instituto Superior de Direito Canônico, Pastoral Universitária, várias coisas na parte acadêmica, como ser o bispo responsável pelo patrimônio histórico, também pelos estudantes no exterior. São funções diversificadas, porém procurarei dar o melhor de mim para que também nas pastorais e mesmo nessas funções mais administrativas, em cada missão que eu assumir, ali o Cristo possa ser mais conhecido, mais amado, que a face dele possa brilhar.
Mesmo no aspecto administrativo, que parece uma coisa árida, ali também nós somos chamados, porque somos Igreja, a sermos testemunhas de Jesus, administrando bem, fazendo com que também nessa parte possamos ser evangelizadores.
Também no relacionamento com o mundo acadêmico, com a universidade, com o mundo cultural, da ciência, somos chamados a mostrar que fé quer ser sempre uma fé dialogante, que tem uma palavra a dizer a esses mundos, e que o Evangelho quer iluminar todas essas realidades. E é assumindo isso como missão que quero ser uma presença de Igreja como bispo.
Dom Nelson
- Tenho como lema episcopal ‘Sentir com a Igreja’ e pensamos sempre a Igreja nessa sua complexidade (...) sem sombra de dúvida uma grande parte da Igreja está no mistério e ministério do leigo. Então, por providência divina, acabou ficando sob a minha responsabilidade essa animação. Também ser moderador da Cúria, que trabalha diretamente com os padres, com a Pastoral Presbiteral, com o estímulo, apoio, amizade aos sacerdotes e com a parte de ensino religioso nas escolas. A questão das escolas católicas, da Pastoral da Educação, me coloca diretamente nesse universo estudantil e juvenil que sempre gostei muito; sempre trabalhei nessa direção. Outra coisa importantíssima que recebo com muita alegria, satisfação e expectativa é a questão dos ministérios, porque passamos de uma Igreja clerical para uma Igreja ministerial e, hoje, sem sombra de dúvida, o serviço dos leigos na Igreja tem uma importância basilar, capital. Recebo toda essa responsabilidade com muita alegria. Coloco-me sob a ação da graça de Deus, muito aberto, com vontade e com disposição.
Recebi com muita alegria também o Vicariato Oeste, como um vicariato cobiçado nessa perspectiva pastoral. Primeiro, é um vicariato muito grande, e segundo tem uma vocação pastoral, uma vocação ministerial extraordinária. A animação acaba sendo recíproca, nos contagiamos com esse apelo pastoral, com a alegria e ardor que esse vicariato tradicionalmente expressa.
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