segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Halleluya: a festa que nunca acaba

O domingo, 27 de novembro, segundo dia do Festival Halleluya, foi marcado pela chuva. Porém, nem mesmo a frente fria que chegou ao Rio de Janeiro neste final de semana desanimou os jovens, que com seus guarda-chuvas coloriram o espaço onde os shows aconteceram na Quinta da Boa Vista.

A primeira banda a se apresentar foi a Bom Pastor, seguida do cantor Márcio Pacheco. Em seguida, o Bispo Auxiliar do Rio Dom Antonio Augusto Dias Duarte presidiu a celebração eucarística, que foi concelebrada pelo Padre Denys Lima. Após a missa, seguiram-se os shows do cantor Cosme, Cristoteca, Alto Louvor e Dominus. Ainda no palco central foi realizada a adoração ao Santíssimo Sacramento, presidida pelo Padre Jefferson Gonçalves, e a apresentação do corpo de baile do Halleluya.

— A Igreja é jovem e sempre será jovem. Os jovens, como dizia João Paulo II, são o rosto da Igreja, sempre foram e sempre serão. E a prova disso é que a juventude, quando é convidada para um evento da Igreja, como o Halleluya, responde com sua presença alegre e ativa, procurando demonstrar não só a sua fé, mas a sua grande esperança, afirmou Dom Antonio Augusto em entrevista aos veículos de comunicação da Arquidiocese do Rio.

Para o seminarista Jorge dos Santos Carreira, o Halleluya, em preparação à Jornada Mundial da Juventude RIO2013, foi uma benção para a juventude carioca.

— Foi um presente que nós ganhamos da Comunidade Shalom, e está sendo maravilhoso participar dele. O Halleluya está sendo um despertar da juventude em preparação para a Jornada. Ontem, eu pude ver uma multidão de jovens e, hoje, também. Nesse tempo chuvoso, a galera veio, os jovens estão respondendo. Foi bonito de ver a devoção dos jovens na missa, o respeito à liturgia e também, durante os shows, a recepção dessas bençãos que estão sendo derramadas através dessas bandas. É uma oportunidade maravilhosa. Eu acho que, em todo ano, tem que ter o Halleluya, disse.

Tempo de conversão
Silêncio, contrição. Essas foram as marcas da Missa realizada no domingo no Festival Halleluya. A participação dos jovens foi marcante. Em sua homilia, Dom Antonio destacou o início do tempo litúrgico do Advento, explicando o seu significado para a fé católica. Neste sentido, conclamou os presentes a uma renovação espiritual.

— Advento é tempo de mudança, de recomeço, de renascimento. Não se acostume com os seus defeitos, com as suas falhas, com os seus limites, com aquilo que talvez você diga que é impossível mudar. E quem não se renova morre. A gente começa a morrer quando não enxerga o tempo em que estamos vivendo. Quando não percebemos que Cristo está vindo ao nosso encontro para dizer: eu sou fiel a você ainda que você esteja sujo. Eu vou ao seu encontro, você é barro, eu sou o oleiro, você está sujo, mas eu vim para te purificar, renovar, converter, frisou o Bispo.

Um festival da misericórdia

Outro aspecto de destaque no Festival Halleluya foi o Espaço da Misericórdia. Um pouco afastado do palco, foi criado um ambiente para adoração, confissão, oração e aconselhamento.

Numa tenda, o Santíssimo Sacramento ficou exposto durante todo o evento. No local, missionários das Novas Comunidades se revezaram na intercessão, sendo acompanhados por muitos jovens e pessoas que visitavam o parque e, surpreendentemente se encontravam com Jesus Eucarístico. Em todo o tempo a tenda ficou lotada.

Ao lado, foi montado um lugar especial, onde padres se revezaram na confissão dos fiéis. Durante todo o evento foi grande a procura pelo sacramento da reconciliação. Também evangelizadores percorreram o parque da Quinta da Boa Vista abordando jovens e adultos, conversando e evangelizando todos os que encontravam. Aqueles que necessitavam de algum aconselhamento e de oração foram levados aos missionários que estavam, dois a dois, num outro espaço, também próximo à tenda da misericórdia.

Segundo Avany de Freitas, da Comunidade Shalom, que estava organizando a fila para a confissão, o Espaço da Miseriórdia foi “ao encontro da necessidade do homem de conversão e de encontro pessoal com Jesus Cristo”.

— A gente percebe que logo após a Adoração, muitos sentem a necessidade da confissão, por tomarem consciência do pecado. Na fila de confissão temos um grupo de missionários conscientizando as pessoas que estão na fila sobre a importância do sacramento da reconciliação. Também explicamos como fazer um exame de consciência. Quando eles retornam, estão com outro semblante, estão mais felizes, mais participativos, contou Avany.

Um festival de formação cristã

Outro diferencial do Festival Halleluya foram os cursos rápidos de formação. Em uma tenda, missionários da Comunidade Shalom ofereceram aos participantes cursos sobre a Palavra de Deus, vida virtual, relacionamentos, Igreja e juventude, entre outros.

Segundo o coordenador desse espaço, Anderson Theodoro, durante todo o dia a tenda esteve cheia, o que comprova a sede por conhecimento de Deus da juventude do Rio de Janeiro.

– O objetivo dos cursos no Halleluya é alcançar a juventude, abordando temas da atualidade, da doutrina e da formação humana, para levá-los a um despertar para a fé, para a experiência com Deus e seu crescimento como cristãos. Temos uma procura bem grande que demonstra a sede dos jovens, do povo de Deus pela verdade que nos faz feliz e nos liberta, disse.

Um festival da alegria

A festa que nunca acaba. Assim é conhecido o Festival Halleluya porque a alegria experimentada por aqueles que participam dele é uma alegria que não se extingue, porque provém da graça de Deus experimentada através da missa, da adoração, da música e do anúncio do Evangelho feito pelos artistas e pelos missionários.
* Fotos: Andréia Gripp e Gustavo de Oliveira

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