sexta-feira, 1 de junho de 2012

"Um verdadeiro milagre da nova evangelização"

Texto e fotos: Nice Affonso, do Portal da Arquidiocese do Rio

Na noite da última quarta-feira, 30 de maio, a exposição internacional “Quem é o homem do Sudário?” foi inaugurada no Bangu Shopping, onde os visitantes, até o dia 29 de julho, poderão conhecer as explicações científicas sobre os mistérios que envolvem esse lençol sepulcral de 1,13 X 4,41m — um dos objetos mais estudados na história da humanidade.

O Vigário Episcopal do Oeste, Monsenhor Luiz Artur Marques de Barros Falcão, junto do Sacerdote responsável pela exposição, Padre Alexandre Paciolli, do cenógrafo global Clécio Regis e do superintendente do Bangu Shopping, Luis Antonio Marques, fizeram a abertura deste evento cultural que objetiva aproximar as pessoas da fé ao apresentar revelações que a ciência tem estudado a fundo e que envolveram mais de 40 cientistas em todo o mundo e quase 200 horas de trabalho em pesquisas.


— A importância desta exposição não é só para Bangu, mas para toda a Arquidiocese. Creio que nós temos um momento muito forte de sentir a bondade de Deus, que faz chegar até nós essa exposição com valor de fé, histórico, científico e cultural. (...) E nós sabemos que uma exposição deste porte contribui muito para que as pessoas venham a refletir sobre os estudos que outros fizeram; de forma que nós, com o aparato e a profundidade da nossa fé, vamos ver além do que os cientistas conseguiram ver, porque o nosso limite vai além de todo o aspecto do estudo, porque entra numa esfera que humanamente não se explica, destacou o Vigário Episcopal.

A exposição, que no Brasil já passou por Curitiba e Brasília antes de chegar ao Via Parque, no Rio de Janeiro, no Bangu Shopping inaugura uma réplica da original de Jerusalém — cidade santa que nela é reproduzida nas paredes e no chão, com adaptação à realidade brasileira nos painéis e no modo de visualizá-los.

— Trazer este projeto para dentro de um shopping é realizar o desejo do Santo Padre e da Igreja Católica para a nova evangelização. É a paróquia que vem ao shopping. E os frutos espirituais, a gente não consegue dimensionar, mas depois começa a receber todos os testemunhos; e acho que, no céu, a gente vai conhecer todas as graças das pessoas que passaram por aqui. Acredito que nós temos aqui um verdadeiro milagre da nova evangelização, porque as pessoas entram nessa exposição e não saem as mesmas, partilhou o Padre Alexandre.


A exposição

Dentro de uma gruta que remete à antiga Jerusalém, criada pelo cenógrafo global Clécio Regis, e com iluminação de Renata César, que imprime uma atmosfera rústica ao local, os visitantes poderão conferir os detalhes da exposição.


— O produto final possui pintura de arte, o que dá pleno realismo, simulando as paredes calcárias típicas de Jerusalém, explicou o cenógrafo.


A mostra divide-se em cinco fases: na primeira são apresentados cinco painéis que revelam o mapa do sudário, possibilitando entender os diversos traços que nele estão desenhados. A segunda fase conta com 12 painéis sobre os diversos estudos feitos em cima desse lençol sepulcral. O percurso histórico do Sudário é apresentado na terceira fase. A quarta mostra a análise médico-forense, em oito painéis que explicitam todo o mistério da dor do Homem do Sudário. E a quinta fase coloca à disposição do público um holograma (técnica sofisticada que permite reproduzir com raios laser a figura que está contida no sudário em três dimensões) e uma escultura em bronze, feita a partir de todos os estudos científicos, que reproduz altura e proporções exatas do Homem do Sudário.


A mostra contém réplicas: das moedas colocadas sobre os olhos, da coroa de espinho, dos pregos, dos flagelos e da tumba. E também apresenta uma réplica em tamanho natural do Sudário conservado em Turim.

 
 

A exposição conta ainda com um espaço onde diariamente missas serão celebradas: uma capela réplica da sinagoga de Nazaré, onde Jesus pregou.

— Na época que nós estamos vivendo, em que a fé é colocada em questão — o Papa Bento XVI fala que tudo é relativizado — uma exposição como essa vem confirmar a fé. É o que o Beato João Paulo II diz na sua encíclica Fides et Ratio: que fé e razão caminham junto. Então, a ciência vem comprovar que a fé pode caminhar junto com ela. Isso serve para alimentar a nossa fé e para crer na paixão e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, disse Ramon Ornellas, da Paróquia Cristo Ressuscitado.

— A exposição nos lembra que houve um homem extraordinário, além dos limites, que é Jesus Cristo. Tudo o que ele passou e sofreu foi para nos salvar. Então, esses estudos aqui apresentados são uma prova, registros desse amor de Deus por nós, pontuou Maria José Conceição Cortes , da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes.

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