Por: Extra Online\ globo.com
RIO - A devoção a São Jorge surgiu no caminho dos planos do governo estadual, que quer ampliar a Biblioteca Celso Kelly, na Avenida Presidente Vargas com a Praça da República, no Centro. O projeto exigiu a desapropriação de uma parte do terreno da Igreja de São Jorge, uma das mais tradicionais do Rio, como revelou a coluna Gente Boa, do GLOBO. Segundo a Secretaria estadual de Educação, que se manifestou apenas por uma nota oficial, a área desapropriada mede
— A igreja em si é muito pequena. E em momentos festivos nós precisamos usar toda a área possível para atender os fiéis. No Dia de São Jorge (23 de abril), recebemos milhares de pessoas — disse o provedor.
Jorge de Aguiar recebeu um comunicado do governo do estado e encaminhou o documento para análise do Departamento Jurídico da Arquidiocese.
— Não entendo por que vão mexer com parte do terreno para ampliar a biblioteca. Não que essa não seja uma obra importante. Mas acho que, antes disso, o governo deveria investir mais
A reforma da Biblioteca Celso Kelly começou em dezembro de 2008, quando foi fechada ao público. Na época, a previsão era que os serviços fossem concluídos até junho de 2010. Mas as intervenções prosseguem até hoje. A biblioteca conta com um acervo de 60 mil volumes, incluindo obras raras editadas entre os séculos XV e XVIII.
— A Biblioteca Celso Kelly é a mais importante da cidade em relação ao acervo que conta a história do Rio. Isso é inegável. Mas qualquer ampliação deveria levar em conta a importância histórica da Igreja de São Jorge. Muitas vezes, as obras públicas ignoram isso. Para que a Avenida Presidente Vargas fosse construída, por exemplo, quatro igrejas centenárias foram demolidas — disse o historiador Milton Teixeira.
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