Fotos: arquivo pessoal
Nesta quarta-feira, 23 de junho, o Arcebispo Dom Orani João Tempesta completa 60 anos de vida. Filho de Achille Tempesta e de Maria Bárbara de Oliveira, e o caçula entre oito irmãos.
Nasceu em São José do Rio Pardo, interior de São Paulo, conhecida como a cidade da cebola, das ladeiras, próximo a Serra da Mantiqueira, e que ganhou fama por ter acolhido o escritor Euclides da Cunha, onde escreveu a sua maior obra literária, “Os Sertões”, enquanto supervisionava as obras da ponte de ferro sob o rio Pardo.
O temporão deveria chamar-se João Batista, como queria a mãe, mas o nome Orani foi escolhido pela irmã mais velha, Maria de Lourdes. Foi ela quem escolheu o nome dos dois irmãos e das demais irmãs. Por estar lendo na época o livro “O Guarani”, de José de Alencar, fez uma junção dos nomes Osmany com guarani. Como o menino nascesse na véspera de São João Batista, ganhou ainda o nome de João.
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De olhos puxados, o bom menino era cercado de carinho pela família. Foi batizado e crismado na Paróquia São José, a primeira da Cidade, onde fez sua primeira comunhão. Quando criança, gostava de brincar em poça d´água e, com os colegas, de apanhar frutas no pomar de sua casa.
O pai, que nasceu na Itália, era muito devoto de Nossa Senhora Aparecida. No dia 12 de outubro soltava fogos de artifícios em honra da Padroeira. Todo o dia tinha o costume de rezar o terço e de ouvir a missa pelo rádio. A cada ano, no mês de junho, era sagrado: ele reunia a família e os vizinhos para o terço em honra de Santo Antônio, São João e São Pedro.
Depois da primeira comunhão, Orani fez o tempo de perseverança, na catequese conduzida pelas Irmãs da Escola Santa Maria, pertencentes à Congregação das Missionárias da Beatíssima Virgem Maria. Era um menino atuante, piedoso, e gostava de brincadeiras em grupo.
A vida comunitária sempre o atraiu, fruto da vida familiar, com muita gente em casa. A vida da família Tempesta, na Vila Pereira, gravitava em torno da Paróquia São Roque, administrada pelos Monges Cistercienses, que haviam construído um mosteiro ao lado da matriz. Ali, o pequeno Orani foi coroinha, aprendendo a responder a missa em latim, e depois tornou-se catequista.
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Na adolescência, gostava de andar bem vestido, de muitos livros, de ouvir rádio, de rezar. Tinha uma vida comum, passeava no jardim da praça, conversava em rodinhas, brincava com os gatos e cachorros da casa. Preocupado com os pais, que eram idosos, começou a trabalhar bem cedo, em farmácia, entregando pão de madruga e depois num escritório de contabilidade.
Apesar dos apelos do mundo, a vocação sempre falou mais alto em sua vida. O chamado chegou, tinha se confirmado, quando ele estava voltando da escola. Ao chegar em casa, a mãe percebeu que ele estava diferente. A cada dia, falava um pouco à família da sua ideia de seguir a Deus.
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Na sua cidade natal viveu a maior parte de sua vida, sendo pároco na Paróquia São Roque, prior do Mosteiro de São Bernardo de Nossa Senhora e, ao ser elevado à condição de Abadia, tornou-se o primeiro Abade.
Em 26 de fevereiro de 1997 foi eleito pelo Papa João Paulo II como Bispo de São José do Rio Preto (SP), governado-a por mais de sete anos, de 1º de maio de 1997 a 13 de outubro de 2004, quando foi transferido para Belém do Pará. Ao ser ordenado Bispo, como sucessor dos apóstolos, em 25 de abril de 1997, adotou o lema “Que todos sejam um”.
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