terça-feira, 10 de agosto de 2010

Diáconos: sinal de caridade e serviço

Leanna Scal, Portal da Arquidiocese do Rio de Janeiro


Assim como no dia 4 se comemora o Dia do Padre, na festa de Cura d´Ars, no dia 10 de agosto a Igreja celebra o Dia do Diácono, na festa do mártir São Lourenço, Patrono dos Diáconos. O Diaconato é uma vocação ministerial para o serviço. Na Igreja Católica, trata-se do primeiro grau no Sacramento da Ordem, historicamente criado no capítulo seis dos Atos dos Apóstolos.

O Diaconato se expressa em três dimensões: o serviço da caridade, o serviço da liturgia e o serviço da Palavra de Deus. Os Diáconos exercem seu ministério também partilhando inúmeros serviços com os agentes de pastoral. No entanto, por força da ordenação, eles contam com a graça sacramental, pela qual, junto com os Bispos e Presbíteros, são colocados para uma missão específica.

De acordo com o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, existem muitas razões de ordem pastoral para a implantação do diaconato permanente como, por exemplo, a ampliação dos serviços da caridade e da liturgia junto ao povo fiel. E ainda, a presença sacramental e ministerial da Igreja em muitos ambientes da vida secular, onde ela não consegue chegar com facilidade.

- Afinal, o Diaconato é um dos ministérios presentes na Igreja e que complementam a missão na diversidade de funções e necessidades. Mas gostaria de ressaltar o Diácono como fonte do ministério do amor e da justiça. O Diácono é ordenado para incorporar uma dimensão do ministério apostólico: o do serviço, disse o Arcebispo.

O Diaconato é ainda o Sacramento da caridade aos pobres e excluídos, no sentido amplo. Assim, o Diácono não é ordenado para si mesmo, nem para colocar-se acima dos leigos, mas pela sua vida e testemunho, incorporado à Igreja por meio de um Sacramento. Ele deve revelar uma dimensão especial do serviço, do sacerdócio e do mistério de Cristo, ajudando a construir um mundo mais de acordo com o Projeto de Deus.

A Igreja espera dos Diáconos uma resposta às necessidades dos menos favorecidos da sociedade. Assim acredita o Diácono Vicente Freitas, da Paróquia Nossa Senhora do Bonsucesso, de Inhaúma. Ele foi ordenado Diácono Permanente em 2006, quando o então Arcebispo, Dom Eusébio Scheid, completou 25 anos de ordenação episcopal e desejou 25 novos diáconos para Arquidiocese do Rio. Hoje, Vicente sabe a graça que é servir a Deus e ao próximo.

- Hoje eu assisto quatro comunidades próximas da Paróquia. Já realizei 57 matrimônios de casais que viviam juntos. Também criei um grupo de visitação aos doentes no Hospital Nossa Senhora das Graças. É um trabalho muito gratificante, conta.

Em relação aos padres, o Diácono Permanente contribui com sua experiência de inserção na vida familiar e profissional e no mundo, podendo ajudá-los. Segundo a tradição apostólica, o Diácono participa da missão plena do Bispo, reali­zando sua função não apenas em nome do Bispo e com sua autoridade, mas em nome de Cristo e com sua autoridade, mediante a consagração do Espírito Santo.

O Diácono, como membro do clero, exerce o seu ministério administrando o Sacramento do Batismo, presidindo a Celebração do Matrimônio, proferindo as Exéquias, proclamando a Palavra nas celebrações litúrgicas, atuando na formação dos leigos e desenvolvendo as pastorais sociais na área da caridade.

No Dia do Diácono, reconhecemos o valor do ministério diaconal permanente diante dos desafios da evangelização. O Portal da Arquidiocese deseja que os Diáconos renovem as disposições de servir ao Povo de Deus, tendo no coração as intenções do Cristo Servidor e o exemplo do seu Padroeiro, São Lourenço. Parabéns aos Diáconos.

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