Semana Mundial de Aleitamento Materno

Por Leanna Scal, do Portal da Arquidiocese do Rio de Janeiro

Bebês que são amamentados ficam menos doentes e são mais bem nutridos do que aqueles que ingerem outro tipo de alimento. Para conscientizar sobre a importância da amamentação, de 2 a 7 de agosto celebra-se a Semana Mundial de Aleitamento Materno. Esta é uma iniciativa do “World Alliance for Breastfeeding Action” (Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno), com sede na Malásia. No Brasil, este ano, a campanha visa homenagear a Iniciativa Hospital Amigo da Criança - IHAC.

A IHAC foi idealizada em 1990 pela Organização Mundial de Saúde e pelo UNICEF para promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. O objetivo é mobilizar os funcionários dos estabelecimentos de saúde para que mudem condutas e rotinas responsáveis pelos elevados índices de desmame precoce. Para isso, foram estabelecidos os “Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno”.

Já são mais de 20 mil hospitais credenciados na IHAC em todo o mundo. No Brasil, esse número ultrapassa 330. Nesses hospitais, as mães são orientadas e apoiadas para o sucesso da amamentação desde o pré-natal, aumentando dessa forma os índices de aleitamento materno exclusivo e continuado e reduzindo a mortalidade materna e infantil.

As Amigas do Peito, um grupo voluntário que já tem 30 anos, sediado no Rio de Janeiro, é uma entidade que defende a importância da amamentação desde os primeiros minutos de vida. A ONG vai participar da Semana e propõe, entre outras atividades, um evento na Praia do Leme, no próximo domingo, dia 1 de agosto, a partir das 9 horas da manhã.

A mãe voluntária da ONG, Cláudia Vieira, explica que a proposta é fazer uma roda de conversas, trocar experiências, tirar dúvidas sobre amamentação e maternidade, demonstrar o uso dos carregadores de bebê, entre outras atividades.

Segundo Cláudia, quase todas as mães conseguem amamentar com sucesso, mas aquelas que não possuem confiança para amamentar precisam do estímulo e do apoio prático do pai da criança, bem como da família e dos amigos. Agentes de saúde, organizações femininas e a mídia também podem oferecer o seu apoio.

- Se todos os bebês fossem exclusivamente amamentados durante os seis primeiros meses de vida, aproximadamente 1,3 milhão de crianças teriam sua vida salva a cada ano, enquanto a saúde e o desenvolvimento de outros milhares apresentariam significativa melhora, explicou.

Claudia, em nome da Organização Amigas do Peito, convidou todas as pessoas, mesmo as que não estejam mais amamentando, ou nunca tenham amamentado, até mesmos homens, para o apoio a esta causa.

Conheça os “ Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno”, divulgado pelo Hospital da Criança:

1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, a qual deve ser rotineiramente transmitida a toda a equipe do serviço.
2. Treinar toda a equipe, capacitando-a para implementar esta norma.
3. Informar todas as gestantes atendidas sobre as vantagens e o manejo da amamentação.
4. Ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto.
5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos.
6. Não dar a recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tenha indicação clínica.
7. Praticar o alojamento conjunto - permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia.
8. Encorajar a amamentação sob livre demanda.
9. Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas.
10. Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio à amamentação, para onde as mães devem ser encaminhadas por ocasião da alta hospitalar.