quinta-feira, 25 de novembro de 2010

IGREJA FAZ APELO PELA PAZ



Por: Raquel Araujo - Portal da Arquidiocese

Desde o último domingo, 21 de novembro, uma onda de
violência atinge o Rio de Janeiro. Arrastões, atentados a
ônibus, carros e confrontos com policiais têm assustado
os moradores da cidade.
Segundo o balanço mais recente da Policia Militar, 55
veículos foram queimados até a manhã desta quinta-feira,
25, pessoas foram presas, 121 detidas e 29 armas apreendidas.
Somente hoje, pelo menos 18 veículos foram queimados.

Com o apoio da Marinha, policiais entraram na comunidade
Vila Cruzeiro nesta quinta-feira. O intenso tiroteio fechou o
comércio e as escolas da região, ao todo 17 e também 12 creches
não funcionaram pela manhã, deixando mais de 12.400 alunos
sem estudar. A Universidade Estadual do Rio de Janeiro
também suspendeu as aulas até sexta feira.

O Vigário Episcopal da Leopoldina e coordenador da Pastoral
das Favelas, Monsenhor Luiz Antônio Lopes comentou a situação
e fez um apelo às autoridades públicas.

- Temos sido bombardeados por essas noticias de violência e
percebemos essa realidade cada vez mais próxima de nossas
residências. O poder público tem que se fazer presente. Todo
o confronto é um risco muito grande para a população. Eu faço
um apelo não só para as autoridades, mas também para a
população. Para que todos tomem cuidado e não se exponham
nessa situação, pediu Monsenhor Luiz Antônio.

A violência também ganhou a internet, através das redes
sociais. Nove dos dez termos mais citados do microblog
Twitter, na tarde dessa quinta feira, eram relacionados aos
ataques no Rio de Janeiro.

O Arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, demonstrou a sua
solidariedade com todos os que estão vivenciando a violência
na cidade e lamentou os acontecimentos.

- Estamos sofrendo, junto de todos, mas com muita confiança
e esperança de que tudo vai se resolver. Creio que o nosso
apelo aos que estão no Rio é de que rezemos e trabalhemos
pela paz. Temos certeza de que as autoridades vão encontrar,
na luz de Cristo e na responsabilidade com a cidade, um clima
que favoreça o Rio de Janeiro, disse.

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