Texto e foto: Nice Affonso, do Portal da Arquidiocese do Rio, direto de Madri
A Igreja Nossa Senhora de Aluche acolheu os peregrinos de língua portuguesa na catequese ministrada pelo Arcebispo de Salvador (BA), Dom Murilo Kruger, na manhã desta quinta-feira, 18 de agosto. Brasileiros de diferentes estados puderam refletir um pouco mais sobre o tema: “Enraizados em Cristo”.
O questionamento do Bispo sobre quem é Jesus Cristo e por que escolhê-lo e não a outro mexeu com os jovens presentes à Igreja. Dom Murilo recordou que Jesus veio para revelar ao mundo o segredo de Deus, e que por isso mesmo só ele pode revelar Deus.
Em sua abordagem, ele pediu aos peregrinos que se desdobrem sobre o Evangelho para que conheçam a revelação do Pai. Conforme sua explicação, Jesus olhou para os homens porque são pecadores. Seu olhar foi de misericórdia. Ele é a face da misericórdia. E, por isso mesmo, Jesus espera que os que o conhecem façam a experiência de relacionar-se com o Pai como ele se relaciona, de uma forma carinhosa e íntima.
- Jesus aceitou se sacrificar porque amava o Pai, destacou.
Para o Bispo, a experiência de amor e conhecimento de Jesus é que leva as pessoas a terem um comportamento moral:
- A fé em Cristo traz conseqüências, porque antes de fazer qualquer coisa a gente passa a se perguntar “Senhor, o que queres que eu faça?... Jesus nos ensina a agradar a Deus, nos revela qual o programa de vida a seguir. E nosso programa de vida é aceitar o chamado à santidade, explicou.
JMJ: aumentar o número dos amigos de Jesus
Durante a catequese que ministrou, Dom Murilo disse aos jovens que um dos projetos principais da Jornada Mundial da Juventude é “aumentar o grupo dos amigos de Jesus e torná-lo mais firme e fiel, de forma que se tornem missionários que anunciam esse amor de Deus revelado em Jesus aos que ainda não o conhecem”.
Em entrevista exclusiva aos veículos de comunicação da Arquidiocese do Rio, o Bispo falou sua percepção sobre a importância da JMJ para a Igreja.
- Tanto para a Igreja do Brasil quanto para a Igreja do mundo todo, a JMJ nos possibilita ver que a fé tem as dimensões do mundo. A fé em Jesus cristo alcança todos os países. E, de repente, jovens que são de outra cultura, outras raças, falam outras línguas se encontram e descobrem que há uma linguagem comum, a linguagem que todos falam: a linguagem do amor, que vai se expressar num abraço, num sorriso, no viver junto, pela alegria de estarem no mesmo lugar, pulando, cantando, rezando. Depois, é uma oportunidade para muitos jovens fazerem a experiência de Jesus Cristo. Pior do que não ter uma experiência de Cristo é ter uma visão errada dele, apresentada, às vezes pelos meios de comunicação e por tantas pessoas que combatem o cristianismo. Então, aqui a pessoa tem a oportunidade de ver que não é nada daquilo, e que, ao contrário, a proposta de Cristo é uma proposta de respeito ao outro, de perdão, de liberdade, de doação, de tudo aquilo, enfim, que é capaz de encher o coração de um jovem. (...) E como aqui acontece um tempo forte da graça de Deus, em momentos assim, então, ele dá passos na fé – o que talvez fosse muito mais difícil se não fosse uma Jornada, partilhou.
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