A Igreja dedicada a São Sebastião ficou pequena para comportar os peregrinos que desejavam participar da catequese desta manhã de quarta-feira, 17 de agosto, ministrada pelo Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta. Uma quantidade de pessoas equivalente a que lotou o local não conseguiu sequer entrar na Igreja. Eram muitos os jovens de língua portuguesa que estavam desejosos de ouvir os ensinamentos transmitidos pelo Arcebispo, para, em seguida, também participarem da Missa.
Para que todos tivessem acesso à Celebração Eucarística, o Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro e animador do Setor Jovem, Dom Antonio Augusto Dias Duarte, se colocou à disposição para presidir uma missa na Igreja dedicada a São Nicolau. Os peregrinos, em sua maioria brasileiros e portugueses, também lotaram o local.
Seguindo o tema de estudo da catequese do dia – “Firmes na fé” -, Dom Antonio colocou como intenção da missa que os jovens, nesta Jornada Mundial da Juventude (JMJ), “se deixem entusiasmar ainda mais por Cristo”.
A alegria dos peregrinos em participar da Celebração Eucarística foi um marco para qualquer observador. As músicas da missa revelaram também a unidade da Igreja católica: músicos de diferentes estados brasileiros se juntaram, escolheram os cantos e animaram a celebração. E sem que tenham realizado nenhum ensaio antes, todas as músicas saíram perfeitas e afinadas. E, mais do que isso, conduziram à oração.
Durante a homilia, Dom Antonio lembrou a cada peregrino que o convite de Jesus nesta JMJ é muito claro: “Vem para junto de mim”! Usando os textos da liturgia, o Bispo falou sobre o comodismo que tenta a todos, independente da idade.
- Ninguém gosta de sair da barca do seu cotidiano. Todos somos tentados a ficar na nossa barca, no nosso estado de vida. Mas Deus, quando passa ao nosso lado, nos desaloja.
E refletiu:
- Talvez tenhamos medo de sair dos nossos projetos por causa dos ventos... Principalmente o vento dos comentários, que desanimam à perseverança no caminho de Cristo.(...) Mas também o vento dos ideais pequenos, porque, como disse o Papa, é necessário que vocês se abram para os grandes amores, destacou.
De acordo com o Bispo, o grande ideal a ser alcançado é a santidade, que não é algo impossível ou fictício para ninguém. Como exemplo e motivação para a juventude, Dom Antonio citou que a Arquidiocese do Rio está iniciando o processo de beatificação de um seminarista carioca, falecido há apenas cerca de três anos atrás, que trazia em si um profundo desejo de santidade.
- Somos pessoas chamadas a ser santas. A gente não acredita que pode ser santo, mas Deus chama a cada um, gente comum. E esta JMJ está sendo o som de Deus, que diz: Vem! Eu preciso de você enraizado em mim. Preciso de pessoas como você, que quer ser santo”, concluiu.
Quem disse que jovem não gosta de rezar?
- A missa é como se fosse um instrumento de renovação da fé, a cada participação. Estar junto com Cristo, especialmente por meio da comunhão, é um grande fortalecimento pra todos nós, explicou Taís Miranda de Souza, de Belo Horizonte (MG).
- É na missa que acontece o sacrifício eucarístico de Jesus, que dá vida a todos. E, para a juventude, ter essa força que vem de Deus é muito importante. Conforme o lema desta jornada, que possamos estar enraizados em Cristo, principalmente pela celebração eucarística, desejou Hugo Luis Alves Leite, de Montes Claros (MG).
- A missa nos faz crescer e nos faz estar próximos de Deus e dos irmãos. É um passo importante do nosso dia e ou da nossa semana, lembrou Edgar Queimado, de Portugal.
- A celebração eucarística é muito importante para o nosso crescimento espiritual. E eu tenho a graça de poder levar para a minha cidade tudo isso de teológico e espiritual que está acontecendo aqui, na Jornada, testemunhou Anderson Tavares Cruz, de São José dos Campos (SP)
Para o Bispo Animador do Setor Jovem da Arquidiocese do Rio de Janeiro, ter a oportunidade de celebrar nesta JMJ é uma “alegria muito grande, porque neste encontro de forma especial se revela a universalidade da Igreja Católica”:
- Celebrar aqui, na Jornada, confirma aquilo que desde o princípio a Igreja é, como diz o livro de Atos dos Apóstolos: não há judeus, nem gregos, nem partos... mas todos são uma coisa só em Cristo, o que revela a identidade da Igreja permanecendo, especialmente no rosto do jovem, disse Dom Antonio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário