segunda-feira, 22 de junho de 2015

25 anos de sacerdócio de Padre José Laudares: Um jubileu de louvor a Deus


Tendo como sobrenome Laudares, “louvar”, em latim, o padre José Laudares de Ávila, que completa 25 anos de sacerdócio no dia 8 de julho, não poderia ser diferente: ele é consagrado à Congregação do Santíssimo Sacramento, que administra a Paróquia de Sant’Ana, no Centro, desde 1926.
Entusiasmado pela Eucaristia e seguro de que Jesus sacramentando é o mais importante em sua vida, ele afirma, com humildade, que a festa em que vai comemorar seu jubileu de prata como sacerdote tem “outras comemorações bem mais importantes que acontecerão”. Será uma celebração no dia 25 de julho, às 10h, presidida pelo cardeal arcebispo Dom Orani Tempesta. A missa será em ação de graças pelos 450 anos do Rio de Janeiro, uma vez que a igreja é uma das mais antigas da cidade, pelos 200 anos da paróquia, pelos 90 anos como Santuário de Adoração Perpétua e pelos 60 anos desde que ocorreu o primeiro Congresso Eucarístico Internacional no Rio de Janeiro.

Seu nome é José
Nascido em 12 de março de 1947, em Guapé, Minas Gerais, o padre José, ou Laudares, como é conhecido, é o quinto de sete irmãos, que incluem cinco mulheres. Ele contou que, tendo os pais, João Pires de Ávila e de Luzia Laudares de Ávila, muito devotos, ingressou muito cedo na vida religiosa.
“Eu acredito piamente que a vocação religiosa, sacerdotal, é um chamado diretamente de Deus. Claro que existem circunstâncias que irão impulsionar, mas a essência do chamado é de Deus. Desde pequeno eu ia à igreja todos os domingos com minha família, tinha um grande interesse. Fiz a primeira comunhão com sete anos de idade para fazer junto com meu irmão, que à época tinha nove anos. E desde então eu sirvo a Deus”, contou ele.
Com 11 anos entrou para o Seminário da Congregação do Santíssimo Sacramento. Em 1966 fez votos na congregação como religioso leigo e lá serviu durante 24 anos, sendo dez deles na Casa Geral de Roma como administrador. Voltou em 1987, quando foi convidado por um padre provincial para terminar os estudos teológicos e ser padre. Ele então se matriculou em uma faculdade de teologia, em São Paulo, onde terminou os estudos. Foi ordenado padre em 1990 e um ano depois, no dia 25 de março de 1991, foi enviado para o Rio de Janeiro para suceder o antigo reitor da Paróquia de Sant’Ana, que se aposentou.
Atuou também no Seminário de São José e como vigário episcopal do Vicariato Urbano durante nove anos, de 2005 a 2014. Desde 2003 é pároco da Paróquia de Sant’Ana.
Padre Laudares recordou que assim que fez a primeira comunhão participou da Cruzada Eucarística, uma secção do Apostolado da Oração, com princípios religiosos fundamentados na Eucaristia. A Jornada Eucarística, dentro da programação da Cruzada, era realizada todos os sábados, com visitas ao Santíssimo Sacramento.
“Foi nessa época que começou a nascer em mim essa atração pela Eucaristia”, afirmou.

Missão e devoção a Nossa Senhora Aparecida
Padre Laudares, ao relembrar o surgimento da vocação, contou que escolheu como lema do seu sacerdócio a passagem do evangelista João que fala sobre Maria: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5).
“O fato de ser o primeiro milagre de Jesus e a disponibilidade dos servos quando ela diz: ‘fazei o que ele vos disser’ foram as coisas que me inspiraram. Eu quero, seguindo a recomendação de Nossa Senhora, trabalhar, encher os potes de água para que Jesus possa fazer os milagres”, ressaltou ele sobre sua missão.
Segundo ele, sua devoção a Maria, na pessoa de Nossa Senhora Aparecida, surgiu quando ainda era novo, devido a um ocorrido.
“Meu avô por parte de pai tinha uma grande fazenda e dedicou uma parte dessa terra à construção de uma capela para Nossa Senhora Aparecida, na década de 1930. O genro do meu avô era um bom pedreiro e construiu uma capela muito bonita, que cheguei a conhecer e hoje não existe mais, ficou debaixo da represa devido às chuvas. Mas foi construída uma igreja perto, que hoje é o Santuário de Nossa Senhora Aparecida da minha cidade. E depois da construção da capela, eles foram a cavalo da ‘minha terra’ até Aparecida para buscar a imagem, e essa imagem passou de geração em geração. Agora está com minha irmã mais velha”, contou ele, deixando clara a devoção e religiosidade da família, algo que foi muito marcante para ele. Já decidiu que as lembranças de seu aniversário de ordenação terão a imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Amor maior: Eucaristia
O carisma da Congregação do Santíssimo Sacramento, fundada por São Pedro Julião Eymard, é o amor ao Santíssimo Sacramento. Conhecer e fazer conhecer o amor de Deus através da Eucaristia.
“Nossa missão é adorar e fazer adorar. Viver e revelar todo o segredo da Eucaristia para o mundo de hoje. Trabalhar com os leigos cristãos para que a Eucaristia seja de fato o centro de nossas vidas”, frisou.
Por isso, ele afirmou que não voltaria para “a terra dele”, Guapé, no interior de Minas, por mais que sinta saudades.
“Eu me refugio na casa que a congregação tem em Itaipava, no campo, quando sinto muita saudade. Mas voltar para lá, eu não voltaria. Tenho outra missão agora”, finalizou.

Fonte: Site da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro
Texto: Nathalia Cardoso

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